Ao ser humano foi concedida a linguagem universal
Na qual nos comunicamos com qualquer ser e animal
Não se trata apenas de cálculos
Mas da compreensão irracional
Somos tão frios...a ponto de amarmos
Frieza opcional
Alguns desabam em suas emoções.. e praticam o mau
Não somos melhores do que uma árvore
Apenas diferentes quanto ao conjunto
As vibrações da árvore soam puras como o firmamento
Aonde Deus.. é o pedreiro, a pedra, e o cimento
Quem espera ver a revelação..
Está de olhos fechados
Quem espera ouvir a revelação..
Está de ouvidos tapados
Quem deseja sentir..
Está nada, ou, completamente.. desesperado
Somos todos o centro do universo
Perante o infinito, todo, e qualquer ponto, torna-se o
centro
Assim como, perante o infinito, tudo o que existir pode ser
reduzido à um ponto.. constantemente
--
Universo.. se és mesmo infinito..
À de sobrar um espacinho..
Para o meu ser
Quando a minha vida houver se extinguido
Nem que eu estenda-me
Ao limite
Cavalgue em suas bordas
Reflita suas verdades
Agarre-me em tuas pernas
Para que apresente-me
A eternidade
--
Raiva, você ainda está ai?
Por acaso trouxe os seus amigos?
A mágoa, a vaidade, o ciúme, a inveja..
O ódio e o egoísmo?
Por que tenta fazer-me
Despencar..
Em seu abismo?
Talvez porque precise de mim
Para que possa existir
Afinal..
Um abismo não seria.. se ninguém houvesse..
Para ser engolido por sua garganta
Aqueles nos quais o seu sorriso encanta
--
Amor..
A cor da tua veste
Opaco sofrido-libido
Por vezes companheiro
Por vezes.. inimigo
Nos deixamos fingir sermos tocados
Rende qualquer um
Rende de ambos os lados
Um fator pesa ao seu lado..
A carência do amante..
É se achar despreparado
--
Tempo esguio à existência
Sei que sinto a tua presença
Minha voz levanta alto
Mas é você que a faz extensa
Quem sente como um presente sabe..
Sabe ser sabido..
Causa..
Consequência..
Experiência..
Recompensa..
Quem achar que compreende por completo sua crença..
Talvez se esqueça que esqueceu
...
Está à salvo ou em perigo.. na teia que teceu
--
A expressão surge
A insinuação se cala
Esperança caminha ao lado
Daquele que não se abala
Perfeição conduz o homem...
Ou em si mesmo se consome
O que mente para si mesmo
Planta
Colhe
Frutos falsos por fim come
Minha espada não perfura
Apenas torna cavaleiro
Preserva o verdadeiro......
O justo, certo, e verdadeiro..
Faço deste o meu espelho
--
Quem tem, tem
Quem não tem, não tem
Quem quer ter, sempre tem
Quem não quer, fica sem
Quem quer, mas não procura..
Acostuma-se com a loucura
Quem procura, mas não quer..
Se engana até onde der
Quem indefere sempre fere...
Quem espera... sempre esquece...
Muitas vezes ..
..De arrependimento... adoece
--
O amor de uma mulher
Posso viver a minha ida sem
Mesmo por mais alguns anos..
Até mesmo mais de cem
Não que eu prefira..
Mas que eu.. seja minha maior sina
Sou completo por inteiro
Sim.. gostaria de uma parceira
Porem, almejo um herdeiro
Novo anjo salvador
Ajudar-nos contra a dor
Por um fim no pesadelo
Meu novo quase eu..
Se chegar a existir
Hei de te ensinar o que sei
E o que até agora esqueci
Somos tão grandes quanto os são nossos sonhos
Talvez.. deseje até que sejas mais livre do que eu
Mas não facilitarei as coisas para ti
Elevarei-me na mais alta humildade
O mais que eu puder
Nem se você quiser..
Abrirei mão do que der
--
A sorte é apenas..
Uma recompensa
De quem foi verdadeiro..
Em jornada extensa
Um mais um igual dois..
E o que vem depois
Matemática em si..
Sua materialização
Lapida o universo
E sua compreensão..
--
Quem sente a presença
De sua própria existência
Está consciente
De sua antecedência
O tempo é ligeiro
O tempo não pousa
Tempo só passa...
Não está interessado..
Em fazer outra coisa
--
Quem sente desmente
Seu onipresente
Limitação de repente
Nasce e morre com a gente
Quem sente, não sente
Não existe dor
Apenas calor
Sofrer é assistir..
Demais sensações que acabaram por vir
Quem sente contente
Sabe que aprende
O que seu ser não pôde sentir..
Anteriormente
--
As cores sempre existem
Apenas em pinturas
Vagalhões de existência
Explosão da essência..
Fantasias reais
Fantasia pura
Conforta a mim..
Pois existe além do fim..
Do que existe assim
É o timbre da esperança..
De que sempre se alcança
--
Por anos olhei, sonhei, chorei
Imaginei
Me ajoelhei?
Sorri para as estrelas disfarçando minhas lágrimas enquanto
chamava teu nome em sussurros
Que
A Lua friamente refletia
Aceitei o eterno intocável escondendo apenas minha esperança
Vislumbrei milhões de imagens onde podia sentir o cheiro do
seu cabelo e de sua pele
Conversar através de respirações
Onde rostos aproximam-se gerando faíscas
O vento sopraria para o destino que está sendo traçado, como
ele sempre faz
Joguei-me contra meus próprios princípios
Onde imóvel podia sentir a dor da verdade do momento
Cada vez parecendo solicitar um pedaço da via da minha
essência
Que quando cedida era feita não por pura e espontânea vontade...
Mas sim
Por êxtase
Êxtase que agarra meu coração com presas de lobo
E olhar infinito
Quando totalmente despedaçado
Procurei juntar meus pedaços mais importantes
Na esperança de continuar vivendo
E o que compunha você estava bem ao lado às partes
pertinentes
Procurei seu olhar em rostos e mais rostos
O contorno de seus braços
O contorno dos seus lábios
Ausente de cor e em meu próprio interior
Preto e branco
Como imagens rápidas de um breve cochilo ao fechar os olhos
Cada contato uma batida a mais do coração
Mais um último suspiro ganho
Ofensas entram como espinhos de uma rosa
Machucando, mas lembrando da existência de tão bela flor
Flor que sinto vontade de proteger de todo tipo de seca que
puder existir
Sangrando
Dizendo a mim mesmo para não desistir nunca quando meus
joelhos não mais parecem me pertencer, fazendo-me sofrer ao tentar impedir
minha travessia
Então um silêncio sopra as chamas da inquietude a deixando
apenas em brasas
A direção parece única com seus múltiplos caminhos primos
O monte formado por grãos de areia se desfaz voando em
direção ao horizonte
Com minha promessa de que nunca forçarei o caminho por onde
segue as águas do que me parece o mais belo dos rios
Apenas correrei em sua margem com ouvidos atentos
Em busca de um convite para banhar-me em suas águas
--
(Eu Via)
No escuro eu apareço
E é por lá aonde cresço
Atmosfera escura e fria
Mas é só porque eu via
Eu via diferente
Diferente daquela gente
Que comigo junto veio
Mas via claro e quente
E então, o que eu via?
Na verdade, nem eu sabia
--
(Andarilho Solitário)
Coisas bizarras passam pela minha mente
Acho que já estou ficando doente
As pessoas reparam que sou diferente
Mas a verdade é que eu vivo em um mundo demente
Sempre calado, caminho na rua
Eu fico na minha, ocê fica na sua
Pessoas sem graça me contam piadas
Prá fingir ser igual, eu abro risadas
Ânimo falta para ir à multidão
Mas pessoas me dizem que lá é a salvação
Não tenho vontade de abrir o meu coração
Para pessoas que o recebem com má intenção
Indignação...
Subitamente eu abro um sorriso
Sorriso de quem já perdeu o juízo
--
Hey rapaz...
Diga-me onde estás...
Hey rapaz...
Diga-me onde estás?
Aonde se encontra o seu coração?
Seria no sim?
Seria no não?
Seria na busca da tua razão?
Posso enxergar-te...
Como um irmão de verdade?
Ou na falsidade está a tua irmandade?
Sei que não dirá...
Não faz teu estilo...
Mesmo se o fizesse...
Explicações você me desse...
Ainda estaria por detrás do brilho
Não faz meu estilo pedir que dissesse
Quem sabe é na dúvida que se amadurece
A noite só é escura
Porque amanhece
Mesmo no receio
Sei que há um laço
É quando a presença simula um abraço
--
Olhei por todos os lados
Inventei meus próprios segredos
Auscultei o oceano
Desnudei os meus desejos
Saboreei o gosto do vento
Descobri o choro e o riso
Tateei o belo e o feio
Explorei o mais fundo abismo
Iludi-me com meias verdades
Cansei-me do repetido
Desposei o instante
Feri e fui ferido
Sonhei com anjos e demônios
Quebrei em mil pedaços
Bebi a água e o vinho
Desfiz-me de meus laços
Vesti-me com a impermanência
Tornei-me um com a inconsequência
Colori o horizonte
E acalantei os corações
--
Então você acha que não está pronto?
Apenas idealizando o confronto
Murmúrios que antes o incomodavam
Não mais o transtornavam
Pois...
Convenceu-se de sua interna razão
Em que na verdade achou eminente sua própria compaixão
Seguiu de acordo com tais passos
Viu como verdade os bons acasos
Tropeçou e colocou culpa em certo pensamento
Imagino se machucasse também...
O vento
Agride pois é fácil e tem medo de se quebrar
Tenta aparentar
Desfrutar e dizer
“Estou bem mesmo sendo como sou”
“E você está triste.. ahn.. ser á que alguém está vendo o
meu show?!”
Nisso tudo não vejo moral de história alguma
Alguns maltratam e acabaram virando pó
Alguns ajudam e acabam virando pó
Escolher seus princípios... é só
--
O que sou.. não espero o vento me dizer
Aonde vou? Espero o tempo me trazer
Lágrimas exprimem o que não se pode dizer
O que plantou um dia você há de colher
Tristeza.. se vai como o Sol da manhã
Fraqueza.. se pergunte como é a mente sã
Sentimentos... vivem para sempre como oração
Coração.. bate sim e em outro momento não
Intenções ninguém sabe o que vai ocorrer
Predições.. realidade faz questão de entender
Tente mais.. tente mais o que você há de querer
Solidão.. não existe não vá se esquecer
Meu amigo escolha bem sua direção
Meu amigo agora preste atenção
Você quer que o mundo seja um paraíso
Mas ninguém.. ninguém tem nada a ver com isso
Meu amigo não não perca o seu juízo
Não esquente isso é apenas um aviso
Sua força está na alma lapidada
É na força de entender uma risada
--
Com o passar de incontáveis anos
evolutivos
Da união de dois sexos fui
concebido
Frio e quente era o ar que
respirava
Boas e ruins foram as emoções que
senti
Em paz, e em guerra, esteve o meu
espírito.
Sonhos tive
Palavras proferi
Sentimentos alimentei
Dor e prazer vivenciei
Pensamentos faziam-se presentes
Alegria e tristeza eram minhas
companheiras
Vazia era a minha lógica
Transitória era a minha consciência
A dúvida era a minha sinceridade
Breve era a minha forma
Tênue era a minha existência
Sensações eram o meu mundo
Suscetível era a minha mente
E nela residia a força criadora
Assim como também o medo e o desejo
Em labirintos me perdi
Em fontes me banhei
Do sangue me alimentei
Dias e noites sucediam-se
E tudo, desfazia-se como esculturas
de areia ao vento
A morte era o meu único fim, e a
vida era o meu único caminho--
O Sol de mostra
Aos poucos
Dando-nos tempo de ferir os olhos
Nuvens avermelhadas anunciam uma
nova empreitada
Os amantes fecham-se em seus
próprios sonhos
O sobrevivente simplesmente
desperta
O céu não mais parece ser místico
com suas bilhões de vistas
Agora é simplesmente aquilo que se
olha em ameaça de chuva
Passos conduzem para o que sempre
tem se mostrado de confiança
Olhares brincam como que se esquecessem
de alguma coisa
Para distraírem a mente de
problemas incômodos
Poses
Gestos
Trejeitos
Servem como base de aceitação mútua
Auto-justificativas podem colaborar
com uma boa relação social
Clichês mentais como bengalas
necessárias
Esperando que tudo e todos sigam o
mesmo tempo que precisamos para raciocinar
Envergonhado com seus próprios
desejos e instintos involuntários
Em momentos críticos facilmente
negando seus princípios
Desistindo de seus ideais
O Sol se esconde aos poucos
Na eminente escuridão fica-se mais
fácil ser sua própria sombra
Ironicamente
O aval de ser alguém que não condiz
com o que realmente é parece mais...
Conveniente
Então alguns se escondem
Alguns simplesmente descansam
E esperam por mais um dia honesto
Honroso
--
Quando tudo está perdido
O vento cobre a face ausente
Com brisas ancestrais
O tempo impetuoso
Tempestuoso e majestoso
Troveja brilhante em mil céus
Cada um iluminado por mil sóis
E centenas mais de luas
E o suspiro da vida
Desposando o instante
Variadas cores
De dores
De amores
De perfume das flores
Que cobrem os campos celestes
Da música fria
A melodia-sina
Com o calor da mais profunda das
terras
--
Giro após giro
Sem propósito algum
Dessa ilha no espaço
Cada sonho um pedaço
Do desconhecido em comum
São tantas as mudanças
Que é difícil saber...
O que não foi imaginado
Os fatos se apresentam aos hospedes atrasados
Despojados e largados
Suas pegadas no tempo
São intocáveis pelo vento
Ninguém se lembra
Apesar do que restou
--
Cercada de Céu
A consciência por de baixo de um véu
Experimenta seus temores
E exalta seus valores
Na ignorância das circunstâncias
Interaje com as substâncias
Sonha livre por crenças e ritos
Esbarrando em domínios finitos
E quem julga entender a verdade
Se aconchega na própria vaidade
No vão puro entre o bem e o mal
Não se encontra lugar ideal
Destruídos e então esquecidos
Abençoados são os concebidos
Milagres do tempos corrido
São versos do incompreendido